Caros discentes,
A aula de Farmacoterapia dos distúrbios hormonais, do LPI do Módulo XXIII: Desordens Nutricionais e Metabólicas, ocorrerá segunda-feira, 01/04/2023, às 13h30, na sala 204-F na UNIME.
Os slides já estão disponíveis.
Pós-aula: Interações farmacológicas no tratamento dos transtornos da tireoide
BURCH, H. B. Drug Effects on the Thyroid. The New England Journal of Medicine, v. 381, n. 8, p. 749-61, 2019
ATUALIZAÇÃO:
Não encontrei referência (ainda) a atrofia da tireoide e supressão do eixo HHT de forma permanente com abuso de T4. P. ex., https://link.springer.com/article/10.1007/s12020-019-02045-1, especificamente sobre o uso abusivo.
Esta supressão realmente ocorre (raramente) com corticoides no eixo HHA (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8360169/), talvez pelo grau mais marcado de atrofia das adrenais na falta de ACTH?
CORREÇÃO: O letrozol age localmente na enzima aromatase e bloqueia a conversão de andrógeno em estrógeno nos folículos ovarianos, tecidos periféricos e no encéfalo. Devido ao seu efeito duplo, o letrozol bloqueia a conversão de andostenediona em estrona e de testosterona em estradiol e previne a biossíntese sistêmica de estrógeno. Os baixos níveis de estrógeno geram feedback positivo no eixo HHG e aumentam a liberação de GnRH, que estimula a produção de FSH. Os níveis crescentes de FSH promovem foliculogênese e a maturação do folículo, seguida de ovulação.
Ao falar do mecanismo do letrozol, creio ter trocado as palavras "estrógenos" por "andrógenos": parte das ações dos ANDRÓGENOS são mediadas por conversão em ESTRÓGENOS pela aromatase. Essa inibição no encéfalo relaxa o feedback negativo sobre a produção de FSH e permite novamente a ovulação.
REFERÊNCIAS: 1. BRUNTON, L. L.; CHABNER, B. A.; KNOLLMANN, B. C. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilman. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.
2. VILAR, L. et al. Endocrinologia Clínica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2016
3. LIU, H.; PENG, D. Update on dyslipidemia in hypothyroidism: the mechanism of dyslipidemia in hypothyroidism. Endocrine Connections, v. 11, n. 2, p. e210002, 2022. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8859969/. Acesso em: 29 set. 2023
4. MAIA, A. L. et al. The Brazilian consensus for the diagnosis and treatment of hyperthyroidism: recommendations by the Thyroid Department of the Brazilian Society of Endocrinology and Metabolism. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, v. 57, n. 3, p. 205-32, 2013
5. BARBIERI, R. L.; EHRMANN, D. A. Treatment of polycystic ovary syndrome in adults. In: POST, T.W. (ed.). UpToDate. Waltham, MA: UpToDate Inc. 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/treatment-of-polycystic-ovary-syndrome-in-adults. Accesso em: 29 set. 2023